A minha História

A minha História

O que dizemos e a forma como o dizemos diz muito sobre nós. Mas está longe de dizer tudo. Quem são as pessoas que seguimos por detrás das redes sociais? O que sabemos realmente sobre elas? Como começaram a sua carreira? De onde vêm? Como chegaram até onde estão hoje? Porque fazem o que fazem?

 

Eu defendo uma comunicação estratégica. Defendo que devemos dar a conhecer a pessoa e o profissional que somos, de acordo com os nossos objectivos e com os nossos limites. Cada pessoa tem os seus. Os meus já foram maiores e têm vindo a diminuir ao longo do tempo mas há algumas coisas a nível pessoal que tenho alguma dificuldade em partilhar. Não porque tenha algo a esconder mas porque quando o partilhamos online estamos a partilhar com o mundo. E o mundo é algo mesmo grande. E é como se diz, uma vez na internet para sempre na internet. Quando me lancei a solo (Janeiro 2018) tinha alguma dificuldade em expor-me regularmente, em escrever, em partilhar com frequência fotos minhas mas hoje já não é assim. Sempre gostei de falar em público, conhecer novas pessoas mas via a exposição online de uma forma diferente.

 

Defendo a tal partilha estratégica mas não ao exagero. Pensar no que mostramos mas não de uma forma fria. Aliás, nem o deve ser. Do que tenho analisado e eu própria gosto de seguir, são revelações que nos permitem ver a pessoa e profissional para além do seu lado comercial que mais geram engagement e empatia. Não gosto de ser “bombardeada” a toda hora com o que a pessoa faz, serviços, fotos apenas para o Instagram… gosto de perceber quem é aquela pessoa, o que ela sabe e que pontos temos em comum, o que torna logo tudo mais interessante.

 

Se me dissessem há uns anos que eu agora iria estar onde estou, como estou e a fazer o que estou a fazer, eu acreditaria e não acreditaria. Não acreditaria porque pensei que iria trabalhar sempre em empresas, nunca pensei em empreender. E acreditaria porque tenho noção das minhas capacidades, do meu trabalho e do meu esforço em alcançar aquilo que quero e acredito.

 

Há uma frase que eu repito para mim regularmente e nem sei bem como surgiu mas surgiu: eu sou boa. Alguns talvez achem presunção, outros arrogância e outros talvez a percebam. Todos somos bons em algo. Uns já descobriram esse algo e outros ainda não. Eu sou boa no meu trabalho. Eu sou boa a “lutar”. Eu sou boa a criar. Eu sou boa para quem me é bom. No meu trabalho sempre dei o melhor às empresas. Sempre. E fui sempre reconhecida e elogiada por tal. Que se manifeste quem possa dizer o contrário.

 

Sinto um orgulho enorme no meu percurso profissional e na minha vida pessoal. Tenho 34 anos de vida e conto com 13 de carreira sempre nas áreas do Marketing e Gestão de Marcas. Sim, terminei a minha licenciatura em Marketing (pré-bolonha) no ISCTE com 21 anos e ingressei logo no mercado de trabalho. Nunca tive dúvidas do que queria seguir. Desde o 10º ano que queria Marketing. Até hoje e acho que sempre. Sempre gostei de acompanhar as marcas. Nem imaginam o que era ir a um hipermercado comigo há uns anos atrás. Ficava lá horas a observar as marcas, produtos, materiais, campanhas,…tudo.

 

Depois de alguns estágios nas empresas Sumol Compal e Magnólia Caffé (já fechou há uns anos), trabalhei no Crédito Agrícola, na Henkel, no Esporão, na Dancake, no Grupo Montalva e na Cargill. Adorei ter passado por várias empresas e por experiências tão ricas e desafiantes. Quando estava no Crédito Agrícola, tomei consciência que o meu grande desejo era trabalhar em empresas de grande consumo. E lá fui lutar por isso! E consegui! Aliás, passei a maior parte do meu percurso em empresas de grande consumo. Depois disso não defini nenhum grande objectivo. Só queria aprender e evoluir. E talvez um dia chegar a directora de marketing.

 

Nacionais, multinacionais, grandes, pequenas, com marcas fantásticas sob a minha responsabilidade, posso dizer que foi óptimo! Não me via a estar numa empresa durante anos e anos (nada contra quem tem este desejo), não me via a fazer sempre o mesmo tipo de trabalho. E não o fiz. Trabalhei marcas internacionais, marcas nacionais, marketing institucional, estratégia, gestão de produto e marca, trade marketing, eventos, digital,… Lancei novas marcas e novos produtos no mercado, fiz rebrandings, estudos de mercado, marketing 360º, viajei, fiz óptimas formações…que percurso.

 

Já disse que foi óptimo. E foi. Mas também sofri muito. Sofrer para bela ser? Neste caso, para boa ser? Não sei se valeu bem esse preço mas talvez me tenha feito bem. Nestes anos, ri tanto e…chorei tanto. Tive vida pessoal e houve alturas em que não tive e não foi por opção minha.

 

Todas as experiências que tive deram-me competências, conhecimentos, skills, capacidades extraordinárias. O mundo corporativo é muito bom e muito exigente. É uma escola de vida e de carreira excelente, dá-nos uma bagagem única e especial.

 

Ao longo desta experiência tive um percurso normal: de assistente, a gestora de marca/produto até gestora de marketing. Gostei de todas as marcas que trabalhei e foi difícil quebrar o laço. Conheci muitas pessoas, muitas empresas e agências. E agradeço a todos os que me ajudaram ao longo do meu caminho, nunca esquecendo quem me deu a mão, acreditou e esteve comigo.

 

Agora, tenho saudades de algumas coisas. Dos meus colegas dos departamentos ao lado do meu, dos almoços, da responsabilidade de ter aquelas marcas, daquele ambiente…mas há outras coisas que não tenho assim tantas saudades como passar 2 horas ou mais por dia no trânsito, reuniões das reuniões, limitações a nível de estratégia…

 

Pelo caminho fui mãe, aos 29 anos, da minha querida e linda Letícia. A minha prioridade. Amo trabalhar, mas nem imagino a minha vida sem esta miúda. Que responsabilidade. Antes de me desviar um pouco desta linha recta profissional era mais conservadora e tradicional. Agora sou muito mais aberta e como eu costumo dizer: quero é que a minha “mini marca” seja feliz, sem pressão e com uma mentalidade também mais aberta (não demasiado, claro). Desde que lancei o meu projecto estamos ainda muito mais próximas e é tão bom!

 

Depois da última experiência, fiz uma paragem na minha carreira e dediquei-me simplesmente a aprender. Tirei uma Pós-Gradução em Marketing Digital, no INDEG-ISCTE e outras formações em diferentes áreas: cursos práticos de Marketing Digital, PNL&Coaching, Design Thinking, Mindfulness, Escrita Criativa e tornei-me Formadora Certificada.

 

Foi uma sensação maravilhosa. Confesso que não tinha muito tempo e predisposição para fazer formações extra-trabalho e este timing foi perfeito para isso.

 

Depois, já vos disse que me lancei em Janeiro de 2018. Pensei muito no que queria, fui a algumas entrevistas, dava por mim a não desejar aqueles lugares... Pensei no que gostava mesmo de fazer e no que sabia fazer. Arrisquei e lancei-me como Consultora de Marketing independente com o objectivo de ajudar PME a implementar estratégias e acções de Marketing. O início foi um sucesso, nem queria acreditar. Tive logo clientes após lançar o meu website mas passado algum tempo percebi que não estava completamente realizada. Era aquilo mas não era bem aquilo e assim.

 

Entretanto, tive um problema pessoal grave, a minha filha ia fazer uma cirurgia de risco e eu fiquei de rastos, sem cabeça para nada. Tive de assumir que tinha de fazer uma paragem e assim fiz. Correu tudo bem, felizmente!

 

E depois quando voltei, depois de aprofundar o tema do Personal Branding percebi que era o meu caminho, que tinha tudo a ver comigo, com o que eu sabia e queria fazer. O processo, a forma, as técnicas, tudo...da gestão da Marca Pessoal são iguais aos da Gestão de uma Marca de Produtos, precisamente o que eu fiz ao longo de toda a minha vida profissional. Além disso, já o tinha vindo a fazer para mim própria em Janeiro de 2018 e tinha resultado bem. Eu tinha trabalhado e desenvolvido a minha Marca Pessoal. No Verão do ano passado lancei-me nesta área, em Setembro reposicionei-me oficialmente e assumi esta área de negócio como o meu core.

 

Continuei e continuo a ter a Consultoria de Marketing que adoro, mas em moldes mais específicos. Lancei workshops e cursos. E trabalhei a minha Marca como se não houvesse amanhã. Digo isto muitas vezes porque é o que eu acredito. Nós temos de ser o exemplo. Você confiaria a construção, gestão e comunicação da sua Marca a um profissional que não o faz com a dele? Eu não.

 

Dei-me a conhecer e a esta área à imprensa, no mundo online, criei e lancei o meu E-book “Como construir a sua credibilidade online – os 10 Pontos-Chave”, fui oradora num evento internacional que decorreu em Lisboa sobre Personal Branding, lancei vários infográficos, partilho regularmente conteúdos sobre esta temática e outras que fazem parte dos meus Pilares de conteúdos, estabeleci parcerias e trabalhei com muitos clientes no meu Serviço de de Personal Branding. Muitas horas dedicadas a estes Programas, muitas Marcas construídas e desenvolvidas, muitas pessoas e profissionais de valor que conheci e desafios tão interessantes que me fazem sentir e pensar o que referi no início do artigo: eu sou boa. Não sou só eu que o digo. As pessoas com quem tenho trabalho também me dizem. E eu adoro ouvi-lo, confesso.

 

Adoro ajudá-las e contribuir para que elas tenham noção da sua importância e aproveitem ao máximo a sua Marca Pessoal.

 

Adoro fazer Consultoria, adoro fazer as minhas sessões com os clientes. Adoro fazer o meu trabalho de casa entre as sessões. Adoro os meus dias. É mesmo verdade, gosto tanto que nem parece trabalho.

 

Adoro fazer Consultoria de Marketing e ajudar empreendedores a lançar e a desenvolver o seu negócio/projecto através de uma estratégia e de um plano de acções.

 

Adoro trabalhar com profissionais que começam a perceber o que é isto de serem uma Marca e os benefícios de começarem a gerir a sua desde já. Entendo-os tão bem e ao seu meio envolvente.

 

As empresas e todo o ambiente corporativo fizeram parte de mim durante anos e quero muito que continuem a fazer. Foi por isso que há uns meses atrás lancei o serviço Corporate & Employer Branding. Conheço tão bem este universo, os seus desafios e quando são realmente aplicadas estas temáticas, estas transformam-se em resultados muito positivos nas organizações e nas pessoas. E não fosse o meu mantra: Pessoas Felizes, Profissionais Felizes, Empresas Felizes.

 

E já agora, já conhecem o meu slogan que criei logo no início do projecto? Pessoas Felizes transformam-se em Marcas Poderosas. O que acham?

 

Tenho conhecido pessoas e desafios tão diferentes uns dos outros e encontrado sempre soluções únicas adequadas e eficazes a cada caso, tenho comprovado os resultados do meu método e tenho hoje uma enorme certeza que quero, posso e vou contribuir para a construção e gestão de muitas Marcas Pessoais. Quero mesmo isto e as pessoas precisam disto. E não há como descrever quando oiço isto delas. Não há como descrever quando me enviam mensagens a dizer que me seguem e que gostam e se identificam com o que escrevo e faço. Não há como descrever quando me transmitem que era mesmo isto que elas queriam e precisavam. Porque é sobre elas e é para elas. E é para isso e para elas que eu estou aqui.

 

E é por isso também que reorganizei os meus serviços, para irem ainda mais de encontro às diferentes e reais necessidades e desafios que os profissionais e mercado apresentam actualmente e criei algumas novidades.

 

Uma delas já revelei há pouco tempo: o serviço Marca Pessoal na Procura de Emprego para pessoas actualmente desempregadas que querem trabalhar a sua Marca e avançar com uma abordagem dinâmica e actual ao mercado de trabalho.

 

Os outros dois serão destinados a profissionais e há um em particular que é muito pouco falado e trabalhado em Portugal e será uma solução vanguardista para um público muito específico, líderes executivos.

 

O que mudaria nesta história? Do que me arrependo? Antigamente dizia que não gostava de me arrepender de nada, se tinha decidido algo em determinado momento por alguma razão tinha sido. Hoje, já não penso exactamente assim. Tudo o que vivi e me aconteceu foi importante, não sei se chegaria a mudar alguma coisa mas durante todo este tempo posso afirmar que acho que fiz apenas uma má escolha, uma má decisão. Retirei coisas positivas nessa experiência mas predominaram as negativas. Não cometerei novamente o erro que me conduziu a essa experiência e é algo que trabalho com os meus clientes para que também não o cometam. Nem tudo o que luz é ouro. Não segui a minha intuição que na altura me dizia para não avançar. Mas aconteceu. Vivendo e aprendendo.

 

Tenho muito orgulho no que construí até hoje e não irei parar. As coisas mudam, as pessoas evoluem e a solução é andar para a frente. Com humildade, confiança, profissionalismo e pragmatismo. Será assim que irei continuar a desenvolver o meu trabalho e a contribuir por um mundo com cada vez mais Marcas autênticas, diferenciadoras e líderes.

 

Espero que tenha gostado desta "pequena" história. Foi profissional e também pessoal. Obrigada por estar aí e por a ter lido. Esta é uma história real que queria partilhar consigo. Um dia gostava de conhecer a sua. E um dia contarei ainda mais capítulos sobre mim, este não é um Fim.