Quem me dera ter um cliente da Felicidade Corporativa. Desejo concretizado.

Quem me dera ter um cliente da Felicidade Corporativa. Desejo concretizado.

Eu pedi um desejo. E ele tornou-se realidade.

 

No meu trabalho, nenhum cliente, plano ou processo é igual a outro. Um dos aspectos que mais gosto na minha actividade é precisamente poder trabalhar com diversas pessoas de diversas indústrias. Se dá mais trabalho? Dá. Mas aumenta a fasquia do desafio e o meu cérebro adora. Dá trabalho porque "entro" dentro de cada indústria. Este é o meu modelo de trabalho. Para traçar um plano preciso conhecer relativamente bem o sector e o mercado em que cada cliente actua ou pretende actuar. Não fico a dominar cada um (para isso precisaria de vários meses ou até anos) mas fico a conhecer o que é importante para desenvolver o meu trabalho, customizar a estratégia e adequá-la à realidade.

 

Durante anos, estive ligada à indústria alimentar, ao grande consumo e ao B2B. Mas agora estou ligada a profissionais e empreendedores de todas as indústrias. No que diz respeito aos empreendedores, nos últimos meses, trabalhei com pessoas de diversas áreas como design, eventos, coaching, turismo, formação, gestão, sustentabilidade, imobiliário e saúde.

 

Quando comecei, não tinha em mente nenhum sector ideal ou não ideal para trabalhar. Mas com o tempo e com a imensidão de pesquisas que fui realizando, fui-me apercebendo da realidade de diferentes áreas, por vezes até sem estarem associadas directamente aos clientes que estava a trabalhar. Adoro descobrir boas Marcas e felizmente, isso tem acontecido.

 

Mas há algo que também tem acontecido ao longo do meu próprio processo e que só há alguns meses atrás parei para pensar mais profundamente. Desde que me lancei a solo, tenho escrito muito sobre felicidade e infelicidade. Sempre ligada a mim e às minhas experiências nas empresas. Honestamente, não havia propriamente uma intenção de falar sobre este tema. Saiu-me naturalmente. E como as pessoas iam gostando, iam-se identificando e enviando-me mensagens privadas, continuei com este tipo de partilhas.

 

A par destas partilhas, fui lendo algumas coisas sobre a Felicidade Corporativa, Felicidade no Trabalho ou algo parecido, principalmente no LinkedIn. E entendi que era uma área que estava a ganhar visibilidade em Portugal.

 

Hoje há formações, livros, artigos e outros meios para saber mais sobre esta área mas a minha ligação a este tema não tem nada a ver com isso nem terá. Nunca quis, nem quero ser especialista neste tema. Não faz de todo, parte dos meus planos. Mas não consigo ler algumas coisas e concordar com 80% delas. Para além de não ter muita paciência para teoria e a maior parte das partilhas serem isso mesmo, parecem-me, muitas vezes, desfasadas da realidade (pelo menos daquela que eu conheci durante 12 anos).

 

Tenho várias pessoas ligadas à Felicidade Corporativa que me seguem, já tive três convites para estar associada a projectos desta área e já conheci algumas pessoas certificadas nesta matéria em algumas formações minhas. Respeito e valorizo muito estes profissionais. E este artigo também foi feito a pensar neles e para eles.

 

Com o passar do tempo e à medida que continuava a ler as partilhas sobre este tema, fui-me desinteressando. Mas dentro de mim, surgia um desejo. poder trabalhar com um profissional da Felicidade Corporativa. E porquê? Para poder fazer diferente! Diferente de tudo o que há. Porque o que há, acreditem, é tão parecido. É um autêntico lugar comum. Isso aborrece-me e desafia-me a querer "meter-me" e fazer algo. Algo disruptivo.

 

Poderia também falar aqui do coaching, um mercado muito competitivo e para mim, algo aborrecido em Portugal. Muitos conteúdos repetidos, muitos egos e facilidade de acesso. Mas pouca qualidade, pouca originalidade e pouca coragem para se inovar. Daí, o meu desejo nunca ter sido ligado a este mercado. Até agora, já trabalhei com alguns clientes com certificação em coaching mas todos eles me disseram que não queriam ir para o mercado com este título e especialidade, precisamente pela reputação desta área actualmente. E eu mais do que aceitei e concordei!

 

Acho que este é o momento no artigo em que devo colocar algumas notas:

 

  1. Esta é a minha perspectiva e o resultado das minhas interpretações.
  2. Refiro-me ao mercado em geral e não a nenhum caso em particular.
  3. Há sempre excepções.
  4. Respeitarei quem pensar de forma diferente.
  5. Não é uma perspectiva que ganhei em 5 minutos, tenho analisado este mercado, a nível nacional e internacional, há meses (já antes de ter a minha cliente).

 

Mas tal como em outros mercados que trabalho, sabia que havia algumas premissas que teriam de ser cumpridas para que tudo corresse de forma fantástica e como eu já imagina na minha cabeça.

 

  • Não poderia ser qualquer pessoa.
  • Tinha de ser especial, aberta ao que eu tinha para dizer e em sintonia comigo.
  • Tinha de ser uma pessoa com muito "sumo" (os meus clientes têm de ter muito sumo, não basta fazer e dizer coisas bonitinhas e depois percebem pouco do assunto, para mim isso não dá).
  • Tinha que ser uma pessoa com uma boa intenção e história de vida que comprovasse a sua motivação para trabalhar este tema e o que viria a apresentar. Não dá para trabalhar bem algo relacionado com o corporativo sem se ter vivido nesta realidade, defendo eu. Podemos ler imenso, ver imensos vídeos, tirar um milhão de cursos mas nada substitui a vivência nas empresas, a realidade.

 

Nunca aconteceu, mas não digo que um dia não poderei vir a fazer: nunca abordei por iniciativa minha um potencial cliente com quem gostasse de trabalhar. Até porque, como já disse, não sou nada "esquisita" na indústria. Mas sou muito "esquisita" com a pessoa/cliente. Gosto de falar um pouco com a pessoa antes de avançarmos com o Programa. Assim, a pessoa poderá conhecer-me, ver se o Programa vai de encontro ao que deseja e eu também posso conhecer a pessoa e ver se faremos uma boa dupla. Já me enganei, mas foi apenas uma vez. Todos as outras pessoas eram mesmo clientes para mim.

 

Querer é poder. E o meu desejo concretizou-se. Todas as premissas foram cumpridas. A pessoa era a pessoa certa para mim. E ganhei uma cliente da Felicidade Corporativa!

 

Estamos agora na fase final do Programa de Personal Branding. Começámos em Fevereiro a trabalhar juntas, na construção e desenvolvimento da sua Marca Pessoal. E eu não podia estar mais satisfeita com o que criámos. Triste, e eu sei que ela também, porque estamos no final, mas realmente satisfeita com o que temos idealizado para apresentar ao mercado. Não lhe quero colocar pressão (só um bocadinho), mas tal como acontece com outros clientes, sei que irei continuar a acompanhá-la no pós Programa e a dar-lhe a máxima força para o seu sucesso.

 

Mas afinal o que queria eu fazer com uma pessoa desta área? O que aconteceu neste Programa? Porque fiquei tão satisfeita? Como trabalhámos esta Marca?

 

Eu queria que esta pessoa entrasse no mercado bem fortalecida, sem margem para erros (isso eu quero sempre) e, neste caso, que apresentasse algo diferente de tudo o que já havia, com um conceito original bem estruturado, consistente, duradouro e intemporal.

 

Sem "bonecada", sem debitar estudos, muito humanizada, com um posicionamento claro e uma comunicação integrada e direccionada. Sem drama, sem negatividade e sem clichés.

 

E o melhor disto tudo? É que esta pessoa queria isso mesmo.

 

Por onde começámos? Por onde começo sempre. Pela pessoa. Pelo seu interior, pelos seus objetivos, pela sua história, pela sua personalidade, pela sua expertise, pela sua paixão... Isto é essencial, para não ser mais um player, para humanizar a Marca, para saber "jogar" este jogo.

 

Depois, o mercado, as tendências, os factores críticos de sucesso, benchmark nacional e internacional e concorrência.

 

Não temos de gostar, nem gostamos todos do mesmo. E isso é bom. Eu não adoro o que há neste mercado em Portugal, não encontrei uma Marca Pessoal que eu dissesse: WOW, gosto muito e está mesmo bem feito. Isso não aconteceu. Gostei de alguma Marcas internacionais e notei que têm, abordagens diversificadas.

 

Aqui, sabem o que vejo?

 

Mudanças frequentes, abordagens muito semelhantes, inexistência de uma mensagem principal e original, pouca coerência visual, ausência de um fio condutor e de foco na comunicação, de uma estratégia a médio/longo e falta de uma ligação forte entre os vários elementos de uma Marca. Senti mesmo isso.

 

Senti falta de uma perspectiva, de partilhas pessoais sobre o tema. E quando digo pessoais, não me refiro a histórias de vida e dramas... Refiro-me a pontos de vista, a pensamentos próprios sobre o tema, a formas fora da caixa de colocar as pessoas a pensar e agir.

 

Senti falta de uma especialidade. Aqui, refiro-me a foco no target, nos "clientes", na oferta e nos conteúdos. Senti falta de humanização. Humanização é ser você, é dar-se a conhecer enquanto pessoa e profissional, é dar algo que só você tem e pode dar, é colocar a sua energia na sua comunicação e esta ser sentida a léguas.

 

Senti falta de uma metodologia própria, original e clara. Felicidade Corporativa é um mundo, é muito. O que eu defendo é que cada profissional deve criar de raiz um conceito seu com base nos seus conhecimentos sobre a área, na sua experiência e na sua visão sobre o tema. Deve pensar, definir e comunicar a sua a big idea para a Felicidade Corporativa. Uma palavra, uma frase, uma questão...o que for, mas a sua visão própria que reflita a forma como vê e deseja trabalhar este tema e que só essa pessoa tem. E não interessa se é o primeiro, o mais reconhecido, com mais contactos, o mais feliz, o mais novo, o mais velho...Interessa o valor que você tem para entregar!

 

O que vai trazer de novo a este mercado?

 

Uma das coisas que lhe disse logo foi que ela não iria "vender" Felicidade. Aliás, iria utilizar esta palavra de forma pontual e muito cuidada na sua mensagem. Mas para que isto acontecesse, era essencial encontrar uma boa alternativa. E encontrámos. Essa alternativa foi o mote para todo o conceito, para o posicionamento e para a mensagem-chave. Essa alternativa esteve sempre presente na vida desta pessoa e ela até encontrou objectos e provas na sua casa e na sua vida relacionados com esta.

 

A solução está dentro de cada um, mesmo que ainda não a tenha identificado. Daí a ajuda de uma especialista :) É preciso extraí-la e dá-la a conhecer. Esse é o caminho. Nem sempre é o caminho mais fácil, nem sempre é o óbvio. É o que tiver de ser para se manter fiel a si mesmo e para lutar pelo seu sucesso. Isso é Personal Branding.

 

Eu tenho a certeza que esta Marca tem tudo para brilhar.

Tenho a certeza que respeitámos a essencia e a identidade da Pessoa.

Tenho a certeza que criámos algo diferente de tudo o que existe.

Tenho a certeza que pensámos em todos os aspectos.

Tenho a certeza que o mercado quererá esta Marca.

Tenho a certeza que esta Marca irá evoluir à sua maneira.

Tenho a certeza que esta Marca será uma inspiração.

Tenho a certeza que esta Marca será uma Marca de sucesso.

Tenho dito!