Como ser feliz na carreira, sendo você próprio

Como ser feliz na carreira, sendo você próprio

Sempre que não estava feliz, mudava. O problema estava nas empresas? Nos projetos? Nas pessoas? Talvez nisso tudo e talvez em nada disso. Talvez fosse eu o "problema".

 

Aos 33 anos, já tinha passado por 8 empresas, gerido cerca de 20 marcas, dezenas de categorias e centenas de produtos. Mais de uma década a gerir marketing e marcas. Sem questionar o que quer que fosse na minha carreira.

 

Se tudo isto me tornou mais forte e sábia? Claro que sim. Se isso me fez chegar até aqui com tantas certezas e aprendizagens? Sim. Se alterava algo? Talvez uma coisinha ou outra. Mas depois não teria as mesmas histórias para contar.

 

Quando me aparece um desafio, abraço-o, dando-lhe o meu melhor. Quando era responsável pelas marcas, fazia o máximo para que fossem bem sucedidas. Atuei sempre com vista ao sucesso das empresas por onde passei. Mas um dia, tudo mudou. Cheguei ao meu limite e não me consegui conter mais. Disse tudo o pensava, nunca colocaria o meu nome em estratégias nas quais não acredito e que vão contra os meus princípios. Depois, o meu mundo ruiu. Foi mau. Chorei. Chorei sem saber o que fazer. Sem saber para onde ir. Depois, levantei-me. Ganhei consciência do que não queria, do que queria e ganhei uma nova vida e um novo rumo profissional.

 

A ruptura com o mundo corporativo era inevitável e foi um dos acontecimentos mais marcantes da minha vida profissional e pessoal.

 

Já não era o meu mundo. Foi. Foi bom. Foi mau. Teve de acontecer. Agradeço por ter acontecido. Eu desejei-o. Houve momentos em que o desejei mesmo muito. Mas 12 anos depois passou. Não sei se um dia voltarei. Talvez. As coisas mudam. Eu mudo. Não vou dizer nunca por agora.

 

Depois de várias entrevistas, dei por mim a desejar não voltar àquele lugar. Dei por mim a imaginar os meus dias, o meu ambiente, o meu trabalho. Mais do mesmo. Não sabia exatamente o que iria fazer. Mas sabia o que não iria fazer. Sentada em casa, a pensar sozinha, entrei num turbilhão de ideias que fui equacionando uma a uma.

 

Em Janeiro de 2018, lancei-me a solo, como consultora de marketing mas algo não estava a 100% e no final desse ano reformulei a minha área de atuação e o meu negócio e dediquei-me totalmente ao Personal Branding.

 

Muitas pessoas me questionaram sobre o que estava eu a fazer. Muitas não conheciam esta temática. Outras acreditavam que deveria voltar ao mundo corporativo. E outras ficaram simplesmente a assistir. Algumas desejando que desse certo, outras nem tanto.

 

Mas sabe uma coisa? Eu sempre acreditei em mim. Sempre soube que conseguiria. Digo para mim mesma: eu sou boa e acredito ter a "força de 1000 homens para o que há-de vir", sempre.

 

Não conheço uma pessoa mais forte do que eu (não quer dizer que não vá abaixo, mas recupero muito rapidamente). A maior lição disto tudo? Seguir a minha intuição, o meu coração e a minha razão. Ser fiel a mim mesma, aos meus princípios, à minha personalidade (já agora, é um 8 - O Confrontador, o que pode explicar muitas coisas). A vida não tem de ser uma linha reta, nem a carreira. Não temos de seguir as regras que nos tentam impor. Não temos de forçar relações. Não temos de agradar aos outros. Não temos, não temos e não temos. E hoje, quero mostrar e ensinar como você também pode dar o seu salto, brilhar, ser feliz e ganhar dinheiro com isso.

 

Depois de gerir muitas marcas de produtos, de um percurso em grandes empresas, uma pausa forçada, muitos altos e baixos, choro e alegria, construir e desenvolver muitas marcas pessoais, decidi lançar a minha Agência, a Powerful Brands Agency. Não estava nos meus planos tão cedo, mas aconteceu. Também nunca esteve nos meus planos empreender e aconteceu.

 

Nem tudo tem de estar nos planos ou nem tudo tem de acontecer exatamente na data planeada.

 

Nos últimos dois anos, que me dediquei ao Personal Branding, passaram pelas minhas mãos e pelo meu cérebro muitas pessoas, muitos desafios, muitas Marcas Pessoais. O negócio cresceu, rodeei-me de bons profissionais e conquistei os melhores clientes que poderia desejar. Pessoas, empresas, organizações, universidades, projetos, aconteceu de tudo um pouco com eles.

 

Mas este não é um artigo de vaidade (não suporto isso). É um artigo de inspiração e motivação. Para quê?

 

Para que você saiba, tenha a certeza e se convença efetivamente que você é capaz.

 

Você merece. Você é o dono da sua vida e da sua carreira. Não precisa ser o que esperam que seja. Você precisa de você, de ser você e viver disso. É assim que se alcança a realização, o tal sucesso que tanto se fala, a felicidade. Felicidade na vida, na carreira, no negócio, nas relações.

 

Não precisa de regras para a esquerda e regras para a direita..., não precisa dominar tudo, não precisa ter um CV perfeito, não precisa ter tirado o curso com o guru XPTO. Precisa de intenção, foco, entrega e consistência.

 

O que é que você tem, sabe e viveu que mais ninguém tem? Como pode aproveitar tudo isso ao serviço do que você faz? O mundo não precisa de mais do mesmo, da perfeição, de cópias, de partilhas bonitinhas. O mundo precisa da verdade, da humanização, da conexão, da autenticidade, da vulnerabilidade, de inspiração, de soluções. E isto, você tem. Não está nos outros, não está nos livros, não está na internet. Está dentro de si.

 

Pare de olhar para o lado, de se comparar, de pensar que não tem nada de interessante.

 

Valorize-se de uma vez por todas. E viva os momentos. A vida e a carreira não são só métricas. São conquistas, sentimentos, diversão, desenvolvimento, aprendizagens e impacto.

A comunidade importa.

O dinheiro importa.

A reputação importa.

Viver o dia-a-dia como você quer também importa.

Viver a sua vida à sua maneira importa.

 

E agora, o que vai fazer com tudo o que você já tem? Como vai colocar isso ao serviço da sua carreira, do seu negócio, da sua empresa, dos outros? Pense, invente, crie, com as suas próprias regras.

 

Não precisa querer mudar o mundo. Impacte nem que seja uma pessoa, faça a diferença onde quer que passe, transforme algo e alguém e deixe a sua Marca. Uma Marca positiva, que o reflita e que seja memorável. A sua Marca Pessoal.

 

Não seja outra pessoa. Não seja uma cópia. Não seja um seguidor.

Seja único. Seja criador. Seja líder em algo. Seja simplesmente você. É fácil, é fantástico e é eficaz.